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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Tolerância abaixo de zero sim e daí?




Tolerância zero não, hoje eu estou com tolerância negativa! Sabe aqueles dias que você acorda pensando que nem deveria sair de casa? Aqueles dias que até mesmo o simples cantar de um pássaro em sua janela ao amanhecer faz com que você ache que é o mundo conspirando contra a sua pessoa? Pois então, eu diria que se alguma vez na vida você passou por situações semelhantes ou piores que essas, meu caro amigo você estava realmente com tolerância abaixo de zero.


Todo ser humano que se preze tem que ter pelo menos um problema com o qual ele deve, de certa forma, se preocupar. Nem que seja um problema nem tão problemático assim, mas pode ter certeza que não deixará de ser um problema. Eu diria então que problema seu nome é Patricia, mas o que o resto do mundo tem a ver com os meus problemas? Pra isso já usei o pronome possessivo para expressar tal situação: o problema é “meu” e confesso que sou uma pessoa extremamente egoísta nesse momento e se é meu é somente meu e de mais ninguém.


Uma das coisas que mais me revolta atualmente é perceber o quanto as pessoas tem tentado jogar seus problemas para cima dos outros, como se a gente já não tivesse problemas o suficiente para lidar. Pra variar citarei um exemplo do que estou tentando passar e começo com uma grande indignação: Caramba, como tem gente carente nesse mundo!!! Ok! Atire a primeira pedra aquele que nunca sofreu desse mal que assola grande parte da população, mas tudo nessa vida tem limite. Sejamos carentes sim, mas pelo menos carentes com classe.


Eu tenho meus momentos de carência, aqueles dias em que olho para o lado e penso “Onde estará você nesse exato momento e por que está tão longe e não aqui ao meu lado?”. Normal! Quem é que nunca sentiu saudades de alguém e por conta disso acabou passando o dia inteiro triste, como se nada mais fizesse sentido nesse mundo? Se isso é ser carente então eu sou carente sim e uma carente assumida, mas, acima de qualquer coisa, uma carente inteligente, uma carente com estilo, afinal de contas o que meu vizinho ou meu amigo de trabalho tem a ver com os meus lapsos de loucura sentimental? Eu seria burra, para não dizer leviana, se jogasse sobre o outro os meus problemas afetivos.


Bom senso! Essa é a palavra certa para esse tipo de situação completamente constrangedora. Temos que ter o bom senso de saber que ninguém tem nada a ver com nossos problemas, que os problemas são apenas nossos e que, no máximo podemos contar com um ombro amigo para chorar, mas não com um ombro amigo para bater. Por que vou descontar meus problemas em pessoas que só querem meu bem? Não! Se eu estou com problema primeiro vou achar o foco desse problema e encontrando, vou com todos os remédios possíveis para exterminá-lo ao invés de ficar me lamentando e jogando minhas frustrações sobre alguém, porque esse alguém que hoje é meu amigo, por mais que tenha ficado chateado e tenha me perdoado, amanhã acabará cansando e o resultado disso é uma imensa solidão que terei que enfrentar, ou seja, serei uma problemática solitária.


É aquela coisa, se não temos controle sobre nossos problemas o mínimo que podemos fazer é não tentar compartilhá-los com ninguém e muito menos tentar criar outros problemas, muitas vezes inexistentes, apenas para mascarar aquilo que realmente nos aflige. Isso, em minha opinião, é uma das piores coisas a serem feitas, pois estamos falando do famoso empurrar com a barriga ou tapar o sol com a peneira e muitas vezes essas alternativas acabam por piorar ainda mais a nossa própria situação.


Assumir que temos problemas é importante, mas assumirmos que os problemas são apenas nossos e que ninguém deve carregá-los junto conosco é uma questão de respeito com o próximo. Pensem nisso! Quem sou eu para dar lição de moral em alguém, mas pelo menos tenho orgulho de dizer: sou uma mulher, acima de tudo, inteligente, mas com tolerância negativa a determinadas situações, afinal de contas o que eu não faço com ninguém naturalmente não vou admitir que façam com a minha pessoa e para esses casos eu afirmo com todas as letras que tenho tolerância negativa sim, pois ajudar um amigo com problemas é uma coisa que sempre terei um enorme prazer de fazer, mas não venha me obrigar a carregar os problemas e frustrações que não são minhas. Como já diz aquele velho ditado “Deus não nos dá um fardo maior do que podemos carregar”.


Um comentário:

Ana disse...

Num 1º olhar, desatento, diga-se de passagem, poderiam pensar que você está sofrendo de TPM, mas sei bem que não é esse o caso atual.
Cada um com seus problemas... Só precisam entender que a vida sempre segue! ;)
Também ando com tolerância abaixo de zero, tanto que dei um basta no que não me diz mais respeito!