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Se você chegou até aqui é porque algum motivo teve para isso... seja qual for esse motivo, fico feliz de ter você comigo nesse meu cantinho.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A crise dos 30 bate a sua porta


Fase boa da vida é a adolescência. É quando você vai para o colégio só para responder aquele caderninho de perguntas de sua amiga no qual você se vê anos depois como uma mulher bem sucedida, casada e com filhos. Para tudo! Bem sucedida eu realmente me tornei, mas por onde andará meu marido e meus filhos? É... Parece que nem tudo correu conforme os seus planos de menina. E se hoje, prestes a fazer trinta anos, você começa a sentir-se um nada, então junte-se a mim cara amiga: você está chegando a famosa crise dos trinta. 

Porque para uma mulher completar trinta anos não é uma tarefa fácil. Muito pelo contrário, ela parece ser um verdadeiro bicho de sete cabeças. A sociedade cobra, pois uma mulher de trinta é vista como aquele ser poderoso e imbatível. Aquela que acaba se tornando o sonho de todos os homens. Um ser único que tem consciência do seu próprio poder. Uma mulher realmente intensa. Pois é, mas pior do que a cobrança da sociedade é quando essa cobrança vem de dentro de você, mulher em pleno conflito de identidade. 

É quando surgem às primeiras dúvidas, os primeiros medos. É aquela sensação de estar completa, porém vazia. É como ter tudo e ao mesmo tempo faltar-lhe o essencial, que é aquela vontade de viver que você tinha nos tempos de menina. É simplesmente olhar para a sua própria vida e achar que nada do que se viveu até agora foi suficiente para chegar aos trinta anos da maneira como você sempre sonhou. Os sonhos saem de cena e no palco da vida entra a sensação de frustração por não tê-los realizado. 

Tantos autores definem brilhantemente uma mulher de trinta anos e, no entanto, você não consegue se enquadrar em nenhuma dessas descrições. Será então utopia o que tais pessoas escrevem ou será você uma verdadeira exceção a tal regra? O que faltou, ao longo dessa caminhada rumo aos trinta, para que você se tornasse realmente uma balzaquiana bem resolvida e feliz consigo mesma? São questionamentos que parecem dominar os pensamentos mais profundos de uma mulher nessa conturbada fase de sua vida. 

Diante de tudo isso a conclusão que eu consigo chegar é a de que mulher e crise parecem ser palavras sinônimas do nosso cotidiano. Fazer trinta anos é simplesmente fazer trinta anos e ponto final. Até porque existem mulheres que no auge dos trinta são realmente balzaquianas na melhor fase da vida. E nem sempre o caminho dos nossos sonhos é o melhor para nossas vidas. Resta-nos então viver cada momento de maneira única e sugar deles tudo de melhor que eles têm para nos oferecer. O importante é gostar de si mesma acima de qualquer coisa, pois somente assim, independente de sua idade, você viverá com toda plenitude as fases de sua vida.

Texto publicado na edição de fevereiro de 2011 do JORNAL ZONA SUL 

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Faça parte dos 5%

Porque ser bom naquilo que você faz não é nada fácil, mas está longe de ser impossível. Até porque eu não acredito no impossível e por isso vou, com toda garra que preciso for, atrás dos meus sonhos. Hoje, acessando o site da minha orientadora do mestrado, me deparei com um texto que ela postou que achei simplesmente fantástico e por isso tive a vontade de compartilhar com vocês aqui nesse meu cantinho. Infelizmente, assim como ela, não descobri o autor de tais palavras. 

Tínhamos uma aula de Fisiologia na escola de medicina logo após a semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral. Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que minha turma correspondeu? Que nada. Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei. Veja o que ele disse.

“Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez”, disse, levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala e o professor continuou.

“Desde que comecei a lecionar, isso já faz muitos anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos, observei que de cada cem alunos, apenas cinco são, realmente, aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil. O interessante é que esta percentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção notarão que de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais. É uma pena, muito grande, não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo sabendo ter investido nos melhores. Mas, infelizmente, não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje”.

Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre; afinal quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto ? Hoje não me lembro muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida. De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos. Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.

(AUTOR DESCONHECIDO)

Um imenso mar de saudades


Meses se passaram e nesse exato momento se alguém vier me perguntar o que sinto eu saberei responder de maneira clara e objetiva que sinto muitas saudades. Não que isso seja algo ruim, mas acaba tornando a nossa vida um tanto quanto vazia. Vazia, pois só sentimos saudades daquilo que não mais está conosco. E ainda dói, em determinados momentos, saber que você não está mais aqui, por mais rápida que possa ter sido a sua passagem. É claro que ninguém é insubstituível. Quantas pessoas, especiais ou não, já passaram por minha vida ao longo desses meses. Cada qual com o seu porque de estar adentrando ao meu mundo particular, mas nenhuma delas com o poder de preencher esse vazio deixado desde o dia que você foi embora. Esperanças de que um dia você volte, eu não tenho mais. Resta-me apenas a certeza de que a vida é como um rio que não irá parar para que a gente possa se recuperar e muito menos ter seu percurso alterado para que a gente consiga reviver boas passagens. Com isso, busco hoje apenas cultivar dentro de mim o sonho de que cedo ou tarde esse vazio que se instaurou será preenchido novamente por alguém. Alguém esse que não irá, de maneira alguma, ocupar tal espaço a sua maneira, mas sim preencher de um jeito próprio e único cada cantinho que hoje se encontra simplesmente como um imenso mar com de saudades de você.