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Se você chegou até aqui é porque algum motivo teve para isso... seja qual for esse motivo, fico feliz de ter você comigo nesse meu cantinho.

domingo, 26 de junho de 2011

É possível ser amiga de um ex?

Espero que não existam mais por ai mulheres sonhadoras, ou melhor, iludidas. Aquelas que acreditam que encontraram os parceiros ideais e que a partir desse momento começarão a escrever a história de suas vidas... História essa que terminará como num filme de romance com final feliz: “E eles foram felizes para sempre”. Digo então que é hora de aterrissar no mundo dos mortais e entender que tudo, ou quase tudo, tem um começo, um meio e um fim. 

Quando se inicia um relacionamento, seja ele qual for, é mais do que possível que o mesmo acabe sem que você sequer possa imaginar. Por mais que isso não fizesse parte do roteiro de férias que você estava planejando para o próximo verão, a verdade é que da noite pro dia, aquilo que parecia, ao menos para você, um relacionamento dos sonhos foi-se embora com um simples piscar de olhos. 

O relacionamento se foi, mas e os sentimentos onde irão parar nesse momento? Coloca-se tudo dentro de um saco preto e enterra-se debaixo de sete palmos, como seu ex futuro homem perfeito estava fazendo naquele exato momento com os sentimentos que ele dizia ter por você? Talvez, essa seja uma idéia ruim. Ou melhor, talvez essa seja uma péssima estratégia de fuga. É possível então transformar um amor arrebatador em algo que se possa considerar amizade? 

Pois bem, eu acredito que para que as coisas dêem certo em nossas vidas é necessário que a base seja sólida. Pode parecer loucura, mas o fim de um relacionamento pode significar a construção de uma bela base para aquilo que chamamos de amizade. Se ela for mal construída, jamais será possível chegar ao topo do que se quer alcançar. E uma base verdadeira é construída com sinceridade, afinal de contas, ninguém é obrigado a ficar em uma relação que não lhe satisfaz mais, mas tem o dever de dizer isso de maneira clara e objetiva a outra pessoa. É uma questão de respeito!

O que mais vejo por ai são homens que sabem muito bem como chegar em uma mulher e atraí-las para o seu mundo, mas parecem desconhecer o modo como fazer com que elas o deixem. Inventam ilusões de uma vida perfeita, mas esquecem de comunicá-las que elas não farão parte dessa fantasia. Chega ser mesquinho o fato de tais homens simplesmente não conseguirem falar “Ei, foi legal garota, mas o fim chegou”. Preferem que nós, mulheres, venhamos a descobrir isso de uma maneira muito mais dolorosa: através do seu silencio e posterior sumiço. 

Sei que não é uma tarefa fácil terminar um relacionamento, mas podem ter certeza que é muito mais digno fazer isso com a verdade do que com uma doce ilusão de que ainda terão muitas oportunidades pela frente, quando as mesmas jamais existirão. Portanto, eu digo que é sim possível ser amiga de um ex namorado, de um ex ficante... de um ex sentimento, desde que o inicio tenha sido surpreendente, o meio maravilho e o fim digno de tudo de bom que vocês viveram juntos, por mais breve que esse tempo possa ter sido.


domingo, 12 de junho de 2011

THE END!

Sempre fui uma grande sonhadora: aquela que sonha com os amigos perfeitos, com a família perfeita e, claro, com um amor perfeito. Era perfeição demais para se transformar em realidade. A grande verdade é que por mais que eu ainda acreditasse nisso, a vida parecia me mostrar justamente o contrário. Pois é, parecia até que o inesperado finalmente aconteceu: Apresentaram-me a “Sex and the City”. 

Eu precisei entrar em uma vida nova para conhecer aquilo que, até então, era antigo para muitas pessoas. Afinal de contas, por que nunca me indicaram tal série se ela é tão antiga e famosa? E nessas horas eu me perguntava “Por que foi necessária uma nova amiga para que eu pudesse finalmente encontrar as respostas que eu tanto buscava... Ou melhor, descobrir que minhas perguntas simplesmente não tinham respostas?”.

E assim começou a minha paixão por “Sex and The City”. Eu não estava em plena Manhattan, mas aquele lugar parecia relatar a minha existência. Eu não era uma escritora, mas até que gostava relatar cenas da vida em meu blog e, por incrível que pareça, eu havia acabado de ganhar uma coluna em um jornal. E assim, a cada episódio que eu assistia eu sentia mais e mais vontade de assistir ao próximo. Era como se todas aquelas histórias tivessem saído diretamente da minha vida, embora eu soubesse que simplesmente relatam o cotidiano de todos nós, meros mortais. Mas eu não me importava, o que eu queria era finalmente me encontrar. 

E era assim a cada episódio que eu assistia. Às vezes me sentia a rabugenta da Miranda, que não era capaz de amar nem a ela mesma. Por outras, eu era a liberal Samantha Jones, que preferia viver a vida como se ela fosse apenas uma bela casca encobrindo imperfeições que ninguém precisaria ver, mas estavam lá. Ah! Sim, como eu poderia me esquecer de Charlotte, talvez a minha verdadeira essência: aquela que sonha, acima de qualquer coisa. Mas no fundo, bem lá no fundo, eu sabia que só estava ali, assistindo tudo aquilo, porque no fundo eu era uma Carrie Bradshaw. 

Porque era atrás dos olhos dela que eu podia, finalmente, ver a minha vida ser retratada de maneira real e não como um grande conto de fadas. Ela me fazia enxergar que nem sempre o príncipe encantado fica com a mocinha no final da história. A mocinha pode sim terminar sozinha e por muitas vezes termina. Que nem sempre os amigos estão ao nosso lado quando chamamos, berramos por um colo, mas que quando menos esperamos, quando realmente precisamos eles parecem pressentir e nos mostram porque são verdadeiros amigos. E eu percebi também que nem sempre temos o amor que gostaríamos de ter de nossos pais, pois por muitas vezes eles e nós mesmos esquecemos que somos pais e filhos. E isso dói... Dói muito. 

E não é que eu finamente compreendi que podemos amar de várias formas, o que não podemos é jamais deixar de amar. Eu vi um amor que tanto me fazia sofrer, mas ainda assim, meu Mr. Big, era quem eu queria que estivesse sempre ao meu lado. Talvez uma grande obsessão, mas uma pessoa que marcou a minha vida e, por ironia do destino, jamais percebeu isso. Vi que não era somente eu que por vezes sentiu vontade de arrancá-lo dos braços daquela que estava ocupando o meu lugar. E por muitas vezes eu era capaz de chorar simplesmente querendo saber “Por que você não me escolheu?”. Porque o meu Mr. Big era como na história... Aquele que conseguia mexer comigo de uma maneira que eu não sabia explicar. Eu sabia o tempo todo quem era ele, mas ele jamais soube quem eu era. 

E um dia, após todas essas história, eu percebi que o final de aproximava. Mas quem disse que eu queria saber realmente qual seria o final daquelas histórias? Por que tudo nessa vida tem que ter um começo, um meio e um fim? Eu poderia esperar o que encontrar no final dessa caminhada, mas eu sabia que o porquê dele estar chegando eu jamais descobriria. Pois é, só que nem sempre o final é aquilo que imaginamos. Eu havia me tornado uma pessoa descrente, que percebeu que nem sempre as coisas acontecem conforme nós queremos. Eu falaria que ao final eu queria que meu grande amor estivesse comigo, mas não é isso que "Sex and The City" vinha me mostrando até aqui.

E ai, no final disso tudo o que eu descubro? Que assim como em todos os filmes do mundo imaginário... “E eles viveram felizes para sempre”. Como assim? Felizes? Juntos? Relações de pais e filhos estabilizadas? Amigas que estarão sempre juntas? E... e grandes amores que finalmente assumem isso um para o outro e terminam finalmente juntos? E tudo que eu passei a acreditar, ou desacreditar, durante todo esse tempo?... 

... Bem, talvez eu esteja, mais uma vez, diante de perguntas que eu jamais encontrarei respostas. Ou então, talvez, toda essa longa caminhada tenha servido simplesmente para me mostrar que aconteça o que acontecer durante as nossas vidas, um dia, quando o final finalmente chegar, tudo será como eu sempre acreditei, até me apresentarem uma história da vida real onde, em meio a dores e sofrimentos, no final tudo se ajeita e todos nós somos FELIZES PARA SEMPRE! 

ps. Agradeço a minha nova amiga, Ana Candida, por ter me apresentado tudo isso. Nova, porém importante e especial pra mim. E como vi no seriado que você me apresentou eu pergunto... "O que seria de mim senão tivesse te conhecido?"
ps. Gostaria muito que o Meu Mr. Big soubesse que eu o amo muito e que se realmente existem muitas formas de amar, eu sei que ainda vou amar muitos outros Big's, mas jamais como eu amo você.
ps. E se forem necessárias muitas histórias ainda por serem vividas para que, no final, eu finalmente seja feliz para sempre, eu quero viver todas elas, da maneira mais intensa possível, para que ao final eu possa dizer que: EU VIVI!