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domingo, 12 de junho de 2011

THE END!

Sempre fui uma grande sonhadora: aquela que sonha com os amigos perfeitos, com a família perfeita e, claro, com um amor perfeito. Era perfeição demais para se transformar em realidade. A grande verdade é que por mais que eu ainda acreditasse nisso, a vida parecia me mostrar justamente o contrário. Pois é, parecia até que o inesperado finalmente aconteceu: Apresentaram-me a “Sex and the City”. 

Eu precisei entrar em uma vida nova para conhecer aquilo que, até então, era antigo para muitas pessoas. Afinal de contas, por que nunca me indicaram tal série se ela é tão antiga e famosa? E nessas horas eu me perguntava “Por que foi necessária uma nova amiga para que eu pudesse finalmente encontrar as respostas que eu tanto buscava... Ou melhor, descobrir que minhas perguntas simplesmente não tinham respostas?”.

E assim começou a minha paixão por “Sex and The City”. Eu não estava em plena Manhattan, mas aquele lugar parecia relatar a minha existência. Eu não era uma escritora, mas até que gostava relatar cenas da vida em meu blog e, por incrível que pareça, eu havia acabado de ganhar uma coluna em um jornal. E assim, a cada episódio que eu assistia eu sentia mais e mais vontade de assistir ao próximo. Era como se todas aquelas histórias tivessem saído diretamente da minha vida, embora eu soubesse que simplesmente relatam o cotidiano de todos nós, meros mortais. Mas eu não me importava, o que eu queria era finalmente me encontrar. 

E era assim a cada episódio que eu assistia. Às vezes me sentia a rabugenta da Miranda, que não era capaz de amar nem a ela mesma. Por outras, eu era a liberal Samantha Jones, que preferia viver a vida como se ela fosse apenas uma bela casca encobrindo imperfeições que ninguém precisaria ver, mas estavam lá. Ah! Sim, como eu poderia me esquecer de Charlotte, talvez a minha verdadeira essência: aquela que sonha, acima de qualquer coisa. Mas no fundo, bem lá no fundo, eu sabia que só estava ali, assistindo tudo aquilo, porque no fundo eu era uma Carrie Bradshaw. 

Porque era atrás dos olhos dela que eu podia, finalmente, ver a minha vida ser retratada de maneira real e não como um grande conto de fadas. Ela me fazia enxergar que nem sempre o príncipe encantado fica com a mocinha no final da história. A mocinha pode sim terminar sozinha e por muitas vezes termina. Que nem sempre os amigos estão ao nosso lado quando chamamos, berramos por um colo, mas que quando menos esperamos, quando realmente precisamos eles parecem pressentir e nos mostram porque são verdadeiros amigos. E eu percebi também que nem sempre temos o amor que gostaríamos de ter de nossos pais, pois por muitas vezes eles e nós mesmos esquecemos que somos pais e filhos. E isso dói... Dói muito. 

E não é que eu finamente compreendi que podemos amar de várias formas, o que não podemos é jamais deixar de amar. Eu vi um amor que tanto me fazia sofrer, mas ainda assim, meu Mr. Big, era quem eu queria que estivesse sempre ao meu lado. Talvez uma grande obsessão, mas uma pessoa que marcou a minha vida e, por ironia do destino, jamais percebeu isso. Vi que não era somente eu que por vezes sentiu vontade de arrancá-lo dos braços daquela que estava ocupando o meu lugar. E por muitas vezes eu era capaz de chorar simplesmente querendo saber “Por que você não me escolheu?”. Porque o meu Mr. Big era como na história... Aquele que conseguia mexer comigo de uma maneira que eu não sabia explicar. Eu sabia o tempo todo quem era ele, mas ele jamais soube quem eu era. 

E um dia, após todas essas história, eu percebi que o final de aproximava. Mas quem disse que eu queria saber realmente qual seria o final daquelas histórias? Por que tudo nessa vida tem que ter um começo, um meio e um fim? Eu poderia esperar o que encontrar no final dessa caminhada, mas eu sabia que o porquê dele estar chegando eu jamais descobriria. Pois é, só que nem sempre o final é aquilo que imaginamos. Eu havia me tornado uma pessoa descrente, que percebeu que nem sempre as coisas acontecem conforme nós queremos. Eu falaria que ao final eu queria que meu grande amor estivesse comigo, mas não é isso que "Sex and The City" vinha me mostrando até aqui.

E ai, no final disso tudo o que eu descubro? Que assim como em todos os filmes do mundo imaginário... “E eles viveram felizes para sempre”. Como assim? Felizes? Juntos? Relações de pais e filhos estabilizadas? Amigas que estarão sempre juntas? E... e grandes amores que finalmente assumem isso um para o outro e terminam finalmente juntos? E tudo que eu passei a acreditar, ou desacreditar, durante todo esse tempo?... 

... Bem, talvez eu esteja, mais uma vez, diante de perguntas que eu jamais encontrarei respostas. Ou então, talvez, toda essa longa caminhada tenha servido simplesmente para me mostrar que aconteça o que acontecer durante as nossas vidas, um dia, quando o final finalmente chegar, tudo será como eu sempre acreditei, até me apresentarem uma história da vida real onde, em meio a dores e sofrimentos, no final tudo se ajeita e todos nós somos FELIZES PARA SEMPRE! 

ps. Agradeço a minha nova amiga, Ana Candida, por ter me apresentado tudo isso. Nova, porém importante e especial pra mim. E como vi no seriado que você me apresentou eu pergunto... "O que seria de mim senão tivesse te conhecido?"
ps. Gostaria muito que o Meu Mr. Big soubesse que eu o amo muito e que se realmente existem muitas formas de amar, eu sei que ainda vou amar muitos outros Big's, mas jamais como eu amo você.
ps. E se forem necessárias muitas histórias ainda por serem vividas para que, no final, eu finalmente seja feliz para sempre, eu quero viver todas elas, da maneira mais intensa possível, para que ao final eu possa dizer que: EU VIVI!


2 comentários:

CELA FESTAS disse...

Amiaaaaaaaaaaaaa..Esse último post foi "the best" , esse seriado te ajudou a me ajudar srsrsrs
Estou em lágrimas, pois sei que tudo que você escreveu, é a realidade e o que você está sentindo.
Depois que achei que grande amor não existia, e já tinha me deixado sem esperança de encontrar alguém que vale-se a pena, eu reencontrei que o amor está dentro de Nós e nada como bons amigos, para sermos as grandes pessoas que somos..Seja Feliz, você merece.

Ana disse...

Amei!!! Fou mais ou menos esse sentimento que tive quando assisti a série. Se bem que nunca me identifiquei com a Charlotte, acho que deixei de ser sonhadora e romântica muito cedo, mas enfim... Não estamos aqui pra falar de mim. Parabéns amiga, mais uma vez um texto com sentimento. Beijos.