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Se você chegou até aqui é porque algum motivo teve para isso... seja qual for esse motivo, fico feliz de ter você comigo nesse meu cantinho.

sábado, 26 de março de 2011

Um dia, quem sabe, eu serei mãe


Eu sempre admirei as mulheres que nasceram com o espírito maternal. Tem também aquelas que ao longo de suas vidas acabam sendo despertadas por esse lado até então adormecido. Aquela coisa meiga de se derreter toda por tudo que uma criança venha a fazer. De achar tudo a coisa mais fofa do mundo. Tudo bem que pode até ser engraçadinho, mas tem umas mulheres que exageram um pouco no quesito babação de ovo. 

Definitivamente eu nunca tive vontade de fazer papel de boba e achar tudo que uma criança faz a coisa mais linda do mundo. Muito pelo contrário, sempre achei tudo extremamente chato. Não que eu não goste, mas acho essas santas criaturinhas bem mais lindas quando estão fazendo suas gracinhas para os seus pais do que para mim. Sei que podem estar me achando a pessoa mais fria desse mundo. Pode até ser que eu seja sim, mas sinto que eu realmente não nasci para exercer o tão sonhado papel de mãe. 

Pois é, o engraçado é que anos e anos se passaram e do nada, como um passe de mágica, eu me vi pensando em ser mãe. Confesso que tal pensamento me assustou, pois eu não sei nem sequer pegar uma criança no colo, imagina ter que cuidar de um ser que bem ou mal vai depender de mim. Bem, mas digamos que para tudo tem uma explicação e com certeza tal vontade tem um porque. 

Hoje, se Deus me permitisse, eu gostaria de ter uma filha. Não porque sou mulher e mulheres tem preferência por meninas, mas sim porque eu sinto uma necessidade enorme de oferecer muito mais do que aquilo que uma simples mãe para dar a sua filha: eu quero oferecer a amizade mais pura e sincera que essa criança poderá ter. Não quero jamais que “minha” (pronome inadequado) filha me veja como a mãe dela, mas sim como uma amiga que ela poderá contar para o resto de sua vida. 

Quero dar muito mais que educação e uma ótima criação para essa criança, pois isso é pouco. Na verdade isso é o essencial, mas eu quero dar o diferencial para ela. Quero que ela receba companheirimo e saiba que não é porque eu a coloquei no mundo que ela tem que viver presa a mim pro resto de sua vida. Muito pelo contrário, quero mostrar o mundo a minha filha e dizer que estarei sempre ao lado dela, mas que eu já vivi, já tive a minha oportunidade então que a partir do momento que eu a coloquei no mundo que ela possa viver a vida dela conforme tem que ser. 

Calma! Não é um discurso de uma pessoa que vai dar a luz amanhã ou então que descobriu que está grávida. Longe de mim isso! É apenas um desabafo de uma pessoa cansada de não ter aquilo que julgo uma das coisas mais importantes desse mundo: amor de mãe, amor de família. Porque agradeço diariamente tudo que hoje sou. Com absoluta certeza sem meus pais eu jamais teria chegado até onde cheguei, mas de nada adianta ter me dado tudo isso e terem se esquecido do principal: amor e amizade, duas palavrinhas mágicas que, com absoluta certeza, minha filha terá de sobra. 

terça-feira, 22 de março de 2011

Porque a primeira vez é simplesmente a primeira de muitas


É cada vez mais comum ver meninas perdendo a virgindade de maneira extremamente precoce. Não que eu esteja aqui defendendo que isso deve ser guardado como um troféu, mas tudo na vida tem a hora certa de acontecer. Descobrir tal momento é que é como encontrar uma agulha no palheiro. Hoje resolvi contar a história de uma menina que tanto sonhou com esse dia e quando ele chegou... Bem, isso eu vou contar no decorrer da história. 

Toda menina que se preze tem sonhos, ainda mais no quesito relacionamentos. Maria não era nada diferente e não escondia os seus de ninguém. Sabe aquela coisa de cinderela que encontra o príncipe encantado, casam-se e são felizes para sempre? Pois é, os sonhos de Maria seguiam mais ou menos nessa linha. Romântica e muito sonhadora ela cresceu acreditando que um dia encontraria o homem da sua vida e com ele viveria um conto de fadas de fazer inveja a qualquer princesa. Pena que o tempo foi lhe mostrando o quão distante ela estava desse mundo ilusório.

Com isso, a primeira relação sexual, para uma pessoa como Maria, também deveria seguir a linha do romantismo... Sem querer contar o final da história, eu nem preciso dizer que não seguiu, certo? Porque chega um momento da vida de uma pessoa que parece que é como se ela mesma abrisse mão de seus próprios sonhos por estar simplesmente cansada de tanto esperar que eles saiam de dentro do seu mundo imaginário que somente a ela pertence. E o mundo de Maria estava cada vez mais longe de seus sonhos e mais próximo da realidade atual: príncipe encantado não existe e amor de conto de fadas só mesmo nos livros.

Parem tudo! " - Dói pra caramba fazer sexo pela primeira sim". Essas foram as palavras da pequena menina naquele momento. Imagina se era só um hímem que estava se rompendo. Não era somente isso, era o de Maria que estava passando por esse processo natural, porém extremamente doloroso e esperado. E olha que estou tentando transmitir apenas a dor física que Maria sentiu, pois a dor psicológica eu creio que seria impossível relatar com palavras escritas ou faladas. Porque ela simplesmente sente-e e ponto final.

Até que ele, cujo nome nem vale a pena ser citado, foi uma pessoa carinhosa e preocupada com Maria naquele momento. Também senão fosse ele não seria o escolhido dela. Pois é, como já era esperado ele sumiu! Não que ele tivesse a obrigação de se importar com ela, mas se ele soube ser “amigo” até o momento de ir para cama com ela, por que era tão difícil continuar sendo depois? É triste ver como o ser humano tornou-se um ser que só pensa em seu bel prazer. Maria não queria um namorado, pós uma noite conturbada de sexo, mas buscava um amigo que, pelo menos, se preocupasse em ligar no dia seguinte para saber se ela estava bem. Sim, ela estava bem, mas o tal ser nem se deu ao trabalho de ter certeza disso.

Dessa forma, a conclusão que eu, e não a Maria, tiro dessa história que chegou aos meus ouvidos da maneira mais inesperada possível e que hoje resolvi repassar para vocês em meu blog é que me assusta ver que sonhos são assassinados dentro de uma pessoa da noite pro dia. Mas, como bem disse uma pessoa em um outro post meu: sonhos não morrem, pois são renovados. Maria renovou seus sonhos naquela noite e começou, naquele exato momento, a trilhar um caminho rumo a um sonho mais maduro e compatível com a realidade atual, mas jamais fugindo daquilo que ela sempre acreditou: encontrar com a felicidade seja lá qual “rosto” ela possa ter. 

segunda-feira, 21 de março de 2011

Procura-se um pouco de solidão


Costuma-se dizer por ai que por mais dolorosa que uma ferida possa ser com o tempo essa dor vai se reduzir até que um belo dia não exista mais. Pois é, não sei se eu sou diferente ou se tal teoria é furada. A grande verdade é que quanto mais o tempo passa, mais a dor parece aumentar aqui dentro de mim. E não é daquelas dores em que gritamos para todo mundo ouvir. É uma dor tão silenciosa que acaba tornando-se imperceptível as demais pessoas. Bem, mas é assim mesmo que prefiro que ela seja. A dor é minha e eu não quero e nem vou dividir com ninguém que eu ame de verdade. 

Hoje eu não queria nada além de um cantinho para me esconder. Por mais louco que possa parecer é a solidão que nesse momento eu busco. Acredito que só em companhia dela eu me sentirei realmente protegida e sentirei menos dor. Eu preciso do silencio que a solidão trás para o meu mundo, já que nesse exato momento eu não consigo ouvir sequer meu próprio barulho. Porque ele me irrita. Porque tudo me irrita e ponto final. 

Hoje, em meu caminho diário de volta para aquele lugar em que vivo, eu quase mandei educadamente uma senhora parar de tagarelar dentro do ônibus lotado, mas por sorte ainda me restou um pouco de senso e me contive. Limitei-me a ligar Djavan bem alto em meus ouvidos e ali permanecer naquele imenso oceano de solidão momentânea. Porque por mais cheio que aquele transporte estivesse eu me sentia mais confortável ali do que para onde ele estava me conduzindo. 

É como se cada acelerada que o condutor daquele veículo estivesse dando rumo ao meu destino tornasse aquele lugar mais vazio e ao mesmo tempo fizesse com que aquele pequeno metro quadrado em que eu estava fosse se tornando o espaço mais sufocante desse mundo. Contraditório, porém a grande verdade é que eu não queria chegar ao destino em que ele me levava. 

Porque aquele lugar me fazia mal, intensificava mais e mais as dores que tanto me incomodavam. Pois é... mas nem tudo é conforme queremos e o destino finalmente chegou. Mais rápido do que eu queria, com absoluta certeza, e com ele voltam as dores que parecem ficar adormecidas enquanto eu fico longe dele. E tais dores, pois mais que eu tente, eu acho que jamais vão me largar enquanto eu naquele lugar estiver.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Quando for ELE eu mesma falo, ok?


Pior do que a expectativa que nós criamos em cima de possíveis relacionamentos é aquela que criam por nós. Porque não tem nada mais chato nesse mundo do que aquela amiga ou até mesmo aquele parente que parece que nada tem pra fazer da vida te questionando quando será o próximo encontro com aquele gatinho da semana passada. Para tudo!! Ainda não desenvolvi o dom da adivinhação. Sei responder muito bem como foi o encontro da semana passada e ponto final. 

As pessoas parecem não entender que nada mais importa além dos ótimos momentos que foram vividos. Viver o hoje pensando no que será amanhã é o mesmo que abdicar da entrega total naquele que poderia ser um momento único porém inesquecível. Pois é... quantas e quantas vezes perdi oportunidade ímpares na minha vida por focar mais num futuro incerto do que em um presente que estava bem ali diante dos meus olhos. Por isso hoje eu digo que se você está com vontade de beijar? Beije! Está com vontade de transar? Transe! Ninguém, além de você mesma, tem o poder de decidir o que é melhor para sua vida. E se no dia seguinte aquele que lhe deu tanto prazer simplesmente sumir pode ter absoluta certeza que quem perdeu foi ele: perdeu ótimos futuros momentos ao seu lado. 

Obvio que não estou aqui fazendo apologia a essa vida momentânea que muitas e muitas pessoas costumam levar, pois tal vida é vazia. Falo aqui de se viver a plenitude do hoje sem pensar no amanhã, mas ao mesmo tempo permitir que o amanhã venha a acontecer caso esse seja o rumo das coisas. Falo de viver sem criar aquela famosa expectativa que só faz com que você pense mais e viva bem menos. O que tiver que ser nosso será e não vai ser porque aquela sua amiga chata fica te questionando diariamente quando será o próximo encontro que ele irá acontecer mais rápido... ou simplesmente acontecer!

E não pensem que vocês estão diante de uma pessoa que não acredita mais nos relacionamentos. Longe de mim me tornar um ser frio dessa maneira. Hoje posso dizer que sou apenas uma pessoa com uma roupagem um pouco diferente daquela que eu usava até então, mas a essência continua a mesma. Acredito que aquela pessoa especial para minha vida esteja vagando por ai em algum lugar, mas confesso que ajudaria muito se o restante do mundo não ficasse questionando se cada sapo que passa por minha vida já virou ou não o meu verdadeiro príncipe encantado.

terça-feira, 8 de março de 2011

Foi bom enquanto eu sonhei


Atire a primeira pedra aquele que nunca teve sonhos no decorrer de sua vida. Porque sonhar é bom e faz muito bem pra alma. Faz-nos enxergar o horizonte como se ele fosse a pedra mais preciosa desse mundo com a qual queremos agarrar. Quem sonha acredita. Quem acredita, vive! E por conta disso desde criança eu aprendi que não devemos jamais matar os sonhos das outras pessoas, por mais fantasiosos que eles possam vir a ser. Pois é... E matar o próprio sonho, vale? 

Tenho percebido que a vida real tem sido tão dura com as pessoas que acaba fazendo com que elas mesmas desistam de seus próprios sonhos. Não que eu esteja aqui defendendo o cultivo de sonhos mirabolantes, como amores platônicos, por exemplo. Não! Até porque isso não é sonho, mas sim um grande delírio. E delírios fazem mal para a vida do seu humano. Falo de sonhos possíveis sim de serem realizados, mas que de certa forma acabam por se perder pelos caminhos da vida. 

E sonho perdido é algo que não volta mais atrás. E isso dói por mais que outros sonhos possam vir a ocupar o espaço até então reservado para aquele que por anos era a menina dos seus olhos. E dói porque sonhos são definitivamente insubstituíveis e ponto final. Um novo sonho jamais poderá lhe proporcionar a felicidade que aquele sonho especial, que hoje arrumou as malas e foi embora para sempre, poderia ter trago para sua vida. É... digo poderia, porque não pode mais. Foi desfeito! Foi embora! Sumiu nesse mundo que o transformou em pó dissolvido em um imenso oceano de frustrações. 

Assim, eu apenas tenho a dizer que foi muito bom enquanto esse sonho durou. Enquanto pude acreditar que um dia ele seria realizado. Enquanto pude fazer planos e mais planos do quão feliz eu seria no exato momento em que ele deixasse o mundo de fantasias para adentrar em meu mundo real. Infelizmente ele partiu para nunca mais voltar, mas vou guardá-lo pra sempre no meu coração e encarar sua não realização como o começode um novo sonho que se inicia com todo o vigor e força para se tornar realidade: o sonho de ser feliz independente de ter ou não realizado o sonho que hoje morreu. 

“Tenho um sonho em minhas mãos, amanhã será um novo dia, certamente eu vou ser mais feliz.” (Sonhos – Peninha)