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sábado, 21 de novembro de 2009

Você tem medo de que?


Por que uma criatura, do nada, resolve escrever sobre algo tão complicado, mas que ao mesmo tempo assombra a vida de tantas e tantas pessoas? Ter medo tornou-se algo tão comum em nossas vidas que sinto como se esse sentimento, de certa forma, fizesse parte do nosso dia a dia. Analisando friamente a vida eu cheguei à conclusão de que raros foram os dias em que eu não convivi, nem que fosse por poucos segundos, com esse sentimento chamado medo.

Mas o que é, na verdade, o medo? Eu poderia definir essa palavra de tantas e tantas maneiras, abrir o bom e velho dicionário e colocar aqui a definição formal para tal expressão, mas acredito que nenhuma delas seria grandiosa o suficiente para expressar o que realmente eu gostaria de mostrar com essas palavras e justifico essa imensa dificuldade em escrever sobre isso de uma maneira bem simples e direta: medo não se define, sente!

Duvido que exista um ser humano, em todo o mundo, que nunca sentiu medo ao menos uma vez em sua vida. É estranho, pois é um sentimento tão comum de encontrarmos na vida das pessoas, mas são poucas as que são capazes de admitir que sentem sim medo, porque de certa forma sentir medo é mostrar-se fraco diante disso ou daquilo e ninguém quer transparecer ser um ser humano fraco. Eu não quero, você quer?

Se você me perguntar se eu tenho medo eu te responderia que tenho vários medos, inclusive medo de escrever um texto sobre medo. Medo de parecer piegas, medo de que as pessoas pensem que eu sou simplesmente uma boba, medo, medo e mais medo. Acredito que o nosso principal medo seja o próprio medo de encarar nossos medos. Nossa! Eu diria, nesse exato momento, que estou sendo bastante prolixa, pois falo, falo e ao mesmo tempo sinto como se nada estivesse conseguindo passar. Será que é porque no fundo estou com medo de expor realmente meus medos? Quanto medo! Acho bem que vou contar quantas vezes já utilizei essa palavra nesse texto até agora e vou conseguir bater meu record de medo.

Sim, eu tenho medo de barata! Sim, eu tenho medo de cachoeira! Sim, eu simplesmente tenho medo! Sou ser humano, assim como você e, dessa forma é comum ter medo de coisas que a grande maioria das pessoas tem medo. Tenho medo de amar? Sim, eu tenho medo! Tenho medo de expressar isso aqui para quem vier ler? Obvio que tenho! Aliás, se você perceber eu simplesmente escrevi quatro parágrafos até conseguir, finalmente, dizer de uma maneira bem discreta qual é o grande medo que hoje parece circular minha vida. Mas chega! Que isso fique subentendido, porque não vou ficar aqui dissertando sobre isso, afinal de contas eu tenho medo, ora bolas!

Acredito que o medo não é algo que convivemos o tempo todo, embora ele esteja sempre presente em nossas vidas, mas na maioria das vezes limita-se a ficar bem escondido dentro de nós. É mais ou menos assim que as coisas funcionam: Você está levando sua vida e está tudo perfeitinho demais, certinho demais, monótono demais! (Vidinha chata essa sua hein!). Do nada então você resolve dar um novo rumo em sua vida e, como sempre costumo dizer, simplesmente resolve viver. Pronto, digamos que sua partida rumo a essa nova vida começa nesse exato momento e ai é quando o juiz apita e paralisa todo o jogo e diz que um novo jogador estará entrando em campo para reforçar seu time e esse jogador chama-se medo. Droga! Sim, é isso que você fala nesse momento! Por que esse jogador não sofre uma lesão que o impeça de entrar em campo logo agora?

Medo causa algo que já expus em minhas palavras: medo causa insegurança e que gera uma cadeia de problemas na vida de uma pessoa. Existe então uma solução para evitarmos que o medo venha a fazer parte da partida de futebol de nossas vidas? Digamos que eu poderia responder, sendo bem otimista, que sim! Que basta que tenhamos força de vontade, e na hora da partida pegar o medo e jogar ele para o alto e, dessa forma, ele acabará sendo retirado de campo, mas quem disse que agir com tamanha inteligência e maestria é algo fácil? Limito-me então a dizer que não sei responder essa pergunta e que, por mais que eu tente, ainda não consegui encontrar uma solução plausível, solução essa que será capaz de expulsar da partida da minha vida todos os meus grandes medos, ou pelo menos o maior deles nesse momento, afinal de contas ter medo de barata nem pode ser considerado realmente um medo, não é verdade?


Um comentário:

Ana disse...

Medo de barata? Melhor eu me calar... kkkkk
Brincadeiras a parte, talvez vc seja muito corajosa em admitir seus medos, mesmo q ainda não enfrente a todos eles.