Sejam bem vindos...

Se você chegou até aqui é porque algum motivo teve para isso... seja qual for esse motivo, fico feliz de ter você comigo nesse meu cantinho.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Quero colo


Oh saudade que hoje eu sinto do tempo que eu era criança e quando estava chorando meu avô me pegava no colo e dizia “venha cá minha Patricinha”. E daí que eu tenho vinte e tantos anos? Adulto também chora, você sabia disso? Hoje me sinto como uma verdadeira criança em defesa que daria tudo pelo colo quentinho do seu avô. Se eu tivesse meus cinco anos de idade eu diria que meu choro seria porque um coleguinha havia puxado meu cabelo, mas e hoje por que eu sinto essa vontade de chorar? Por que meu peito está angustiado e sinto esse aperto aqui dentro de mim que parece que eu vou quebrar por dentro? Quebrar? Mas eu não sou de vidro, certo? São tantos por quês hoje na minha mente e sequer consigo responder um eles. A única certeza que eu tenho é que nada nessa vida acontece por acaso e que todo por que tem o seu porque, basta apenas que a gente tenha paciência, perseverança e fé em Deus que logo o encontraremos. Talvez para qualquer ser humano dessa face da terra o porque do meu choro seja tão banal quanto porque do choro da criança que teve o cabelo puxado no colégio, mas pode ter certeza que ele é tão puro e sincero quanto o dela. O bom disso tudo é que no dia seguinte a criancinha aparece firme e forte no colégio brincando com todos os seus amiguinhos e tudo fica bem. Diante disso tudo me resta então apenas dizer em alto e bom tom... Que chegue logo o dia seguinte!



quarta-feira, 23 de junho de 2010

Quase...


Não sei porque, mas parece que a palavra "QUASE" anda realmente me perseguindo e prova disso é meu ultimo texto. Confesso que ainda escrevo um artigo científico, com uma daquelas teorias mirabolantes, para entender o porque disso. Enfim, hoje QUASE escrevi um texto novo para postar em meu blog quando, mas preferi deixar o QUASE mais uma vez me dominar, afinal de contas diante das belas palavras de Verrissimo eu não preciso dizer mais nada.  

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance; para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que lamentando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu. (Luiz Fernando Veríssimo)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Quase 30...


É engraçado como a mulher é classificadas por faixa etária. Até os dezenove anos ela é a adolescente que faz de tudo para ser o centro das atenções. A famosa rebelde sem causa. Aos vinte ela torna-se a ninfeta dos sonhos de todos os homens. É uma inocência apimentada com um leve toque de malícia que teima em estar presente em seus olhos. É aquela menina que acha que já se tornou uma mulher. E ai, como um verdadeiro passe de mágica... Pronto! Finalmente agora ela é uma mulher de trinta. É um ser independente, que sabe exatamente o que quer da vida e tem plena consciência do seu próprio poder. Ela mostra-se uma mulher fascinante e seu olhar passa a expelir um brilho misterioso. Seus traços e curvas tornam-se mais expressivos e marcantes. Costumam dizer que não é nada fácil conquistar uma mulher de trinta pelo simples fato de que ela não se permite ser conquista por qualquer ser que habita esse mundo. Ao mesmo tempo ela está mais preparada do que nunca para viver um grande amor, pois não precisa pensar no dia de amanhã. Ela simplesmente vive o hoje! É um ser realmente magnífico e prova disso é que a todo o momento surgem pessoas tentando simplesmente descrever tal preciosidade. Diante disso tudo eu me pergunto: Será mesmo para que para toda regra exista uma exceção? Ah! Sim... Havia esquecido que ainda tenho apenas 29 anos e alguns meses de idade.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O mito da menina de porcelanas.


Eu não sou uma bonequinha de porcelana que é um ser tão frágil que parece que com um simples olhar irá se despedaçar por inteiro. Talvez eu seja muito mais forte e resistente que qualquer pessoa que se diz inabalável, inatingível e que se permite viver, mas que se mostra um ser com medo de quebrar uma simples boneca de louça. É triste ver como as pessoas usam desculpas para justificarem suas próprias atitudes, seus próprios temores. O mundo seria tão mais vivível se o ser humano fosse capaz de ir atrás de respostas ao invés de criar um mundo paralelo de mentiras ao seu redor. Inventam mil e uma fantasias que venham a justificar seus atos, atos esses que em sua maioria são injustificáveis. Seria mais justo ir com toda gana buscar verdades ao invés de acreditar em um mundo de faz de conta, onde as princesas são seres sublimes e especiais e por conta disso devem viver em redomas de vidro. Seres intocáveis! Definitivamente eu não sou uma princesa e muito menos um ser intocável. Seria tão mais justo questionar-me sobre o quão “quebrável” eu sou ao invés de criar um estereótipo da minha pessoa que nada mais é do que uma grande inverdade. Sou apenas um ser humano como outro qualquer, com sentimentos a flor da pele, mas com força suficientemente grande para colar cada um dos meus caquinhos quando alguém realmente forte conseguir me despedaçar.

Se... Então...



Se você dá carinho então espera receber carinho; se você dá atenção então espera receber atenção. Nossa! São muitas esperanças, mas definitivamente a minha não será a ultima a morrer: assassino ela assim que for necessário. Sei que é um erro dar alguma coisa na expectativa de receber algo em troca, mas não sou Jesus Cristo para dar amor a quem não sabe dar valor a tal sentimento recebido. Adoro meus amigos e por isso os quero ao meu lado sempre que possível for. Será que é errado isso? Por mais moderno que o mundo possa estar eu não sou adepta a essas amizades “virtuais”. Aquelas que por mais reais que sejam é como se não existissem. Amizades nas quais as pessoas juram companheirismo, mas nunca estão presentes. Pessoas que falam mil e uma coisas, mas as suas atitudes demonstram o contrário. Chega ser contraditório alguém falar que gosta de você, te prometer amizade verdadeira, mas ao mesmo tempo agir como se você e nada fosse a mesma coisa. Cansei! SE você gosta de mim ENTÃO demonstra! Não acredito mais em palavras... Eu quero atitudes!

domingo, 13 de junho de 2010

Vai dar namoro


Quem me conhece sabe que adoro conversar, ainda mais quando se trata de questões ligadas a seres humanos. Pois bem, semana passada batendo papo com um amigo eu fui pega totalmente de surpresa com uma questão que ele levantou. Posso dizer que na lata ele questionou o que eu havia sentido quando fiquei sabendo que ele estava finalmente namorando. Oh! É como se essa palavra “namorar” me perseguisse a todo instante e olha que o dia dos namorados já passou. 

Confesso que fiquei surpresa com o questionamento e respondi com toda sinceridade do mundo que eu havia ficado muito feliz, pois eu havia unido aquele casal. Nesse momento ele foi mais incisivo e perguntou: “não passou por sua cabeça que mais dois se arranjaram e você nada?”. Nossa! Mais uma vez ele conseguiu me deixar sem palavras por uns segundos, segundos esses que pareciam eternos para processar uma resposta que fosse realmente satisfatória para tal indagação. 

Por um lado eu não posso negar que a questão levantada por ele tinha sim um fundo de verdade, mas por outro eu perguntava a mim mesma o por quê de as pessoas se preocuparem tanto com isso? É como se a sociedade estivesse impondo que uma mulher sem namorado não pode ser uma pessoa feliz. É como se as pessoas não compreendessem que a cobrança pode ser muito mais dolorosa do que o ato de ser sozinho. 

E daí que meu ex namorado vai saber que estou sozinha desde que terminamos sendo que ele já está praticamente casado? Calma! Não pensem que esse pensamento surgiu da minha cabeça. Agora me respondam, será que minha mãe pensa que sou algum ser de outro mundo ao me indagar com tal pergunta? Bem, ser de outro mundo não, mas alguém que ainda não se casou e teve filhos como o sonho de toda mãe com certeza. 

É engraçado como essas notícias me perseguem: é o fulano que se casou, o clicano que está namorando ou então o beltrano que está finalmente saindo com alguém. Claro, como se não bastasse tais notícias sempre vem acompanhada da famosa e já conhecida pergunta “E você, já está namorando?”. Não! Eu não estou namorando.... é o que tenho vontade de gritar nessas horas. Ei, quando eu estiver namorando anuncio em todos os meios de comunicação existentes nesse planeta. Sim, pois uma notícias dessas tem que ser de cunho internacional, pois dará mais audiência que a final do seriado Lost. 

Certa vez li uma frase de Drummond que mostra uma visão totalmente contrária aquela que o mundo está acostumado e essa frase diz: “Há certo gosto em pensar sozinho. É ato individual, como nascer e morrer”. As pessoas vinculam o ato de ser feliz a estar ao lado de outra pessoa e esquecem que pra ser feliz a coisa mais importante é justamente o fato de não precisar de ninguém para tal. 

O que me incomoda hoje não é o fato de eu não ter ganhado sequer um presente no dia de ontem, vulgo dia dos namorados, pois ser sozinha é diferente de ser solitária e isso eu não sou. O que mais me incomoda é o fato disso incomodar tanto as pessoas. E digo mais... Do jeito que estão indo as coisas daqui uns dias eu serei escrita no programa “vai dar namoro” por livre e espontânea pressão de desencalhar uma encalhada e ai de mim que não aceite o pedido do primeiro que me escolher. Serei uma encalhada morta!


segunda-feira, 7 de junho de 2010

Eu quero um lobo mal


Definitivamente eu cansei de príncipe encantado montado no cavalo branco, trazendo um buque de rosas vermelhas na mão. Coisa mais sem graça! O negócio agora é lobo mau. Já que no fundo a intenção de ambos é a mesma, então que me venham os que pelo menos deixam isso de forma transparente. Lobo em pele de cordeiro! Acho que hoje finalmente eu consigo compreender o real significado dessa palavra. Se for para ser devorada, que eu seja por um lobo de verdade e não por uma imitação barata ao bom e velho estilo protagonista de novela mexicana. Está certo que em alguns momentos chego a pensar que minha vida daria um belo script para um dramalhão desses, mas tudo tem limites. Ficção é uma coisa, vida real é outra bem diferente. Parecer não é ser e atualmente o que mais tenho visto são seres que parecem, mas não são. É como se no fundo estivéssemos vivendo com valores totalmente invertidos. É o anjinho te mostrando o céu para ao final te levar para dentro do inferno. Pois bem, diante disso que venha o lobo mal e faça finalmente o trabalho bem feito, trabalho esse que esses falsos príncipes não souberam fazer até agora. Cansei de imitação, quero provar do produto original.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A menina da janela



Certas situações, por mais que a gente tente, não nasceram para ser compreendidas. Pois bem, é assim que pode ser definida a estória por de trás de uma menina e sua janela. Era apenas uma menina, com um olhar triste, mas que ao mesmo tempo era capaz de transmitir paz e segurança a quem por ali passava. Um ser especial era como ela fora definida por quem tivera a oportunidade de conhecê-la verdadeiramente. 

Todos os dias ela encontrava-se no mesmo lugar, na mesma posição, com o mesmo olhar. Ah! Se a janela de seu quarto falasse! Aquele pequeno metro quadrado, que guardava aquele ser de alguma maneira, talvez soubesse muito mais do que qualquer um poderia imaginar. Debruçada em sua janela seus olhos eram capazes de enxergar um belo horizonte cujo caminho era descrito perfeitamente por ela às pessoas que buscavam alcançá-lo. 

Ela era um ser peculiar, pois conseguia como poucos levar um pouco de esperança aos corações que de alguma forma estavam necessitados. Era um conselho aqui, uma advertência ou puxão de orelha ali e, dessa maneira, ela levava a vida buscando sempre trazer algo de importante que por muitas vezes as pessoas acabavam deixando pra trás. 

Um ser iluminado, porém misterioso. Como alguém era capaz de ser tão importante na vida das pessoas e ao mesmo tempo ser portador de um olhar tão triste! O que aquela janela era capaz de esconder na vida dessa pequenina menina? Eram muitos “Por quês” e raros “porquês” quando se tratava desse ser enigmático. Talvez ela tivesse um nome, mas isso era o que menos importava para todos. O mistério que envolvia aquela menina e aquela janela era o que mais intrigava as pessoas e a única certeza que todos tinham era o fato de ela ser especial. 

O olhar triste por muitas vezes parecia cansado de esperar debruçada naquela janela, por algo que nem ela mesma parecia acreditar. Era como se aquele horizonte fosse algo que somente ela pudesse enxergar, mas ao mesmo tempo alcançável por todos menos por ela mesma. Um ser capaz de guiar perfeitamente a todos por aquela caminhada, mas incapaz de caminhar rumo aquele lugar. 

Ela sabia de tudo, mas ao mesmo tempo parecia não saber de nada, pois não sabia e não entendia o que realmente era importante: o significado de sua própria existência. É como diz aquele velho ditado “façam o que eu falo, mas faço o que eu digo”. Quem sabe um dia essa triste menina consiga mostrar ao mundo o verdadeira “porquê” de sua existência.