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quinta-feira, 3 de junho de 2010

A menina da janela



Certas situações, por mais que a gente tente, não nasceram para ser compreendidas. Pois bem, é assim que pode ser definida a estória por de trás de uma menina e sua janela. Era apenas uma menina, com um olhar triste, mas que ao mesmo tempo era capaz de transmitir paz e segurança a quem por ali passava. Um ser especial era como ela fora definida por quem tivera a oportunidade de conhecê-la verdadeiramente. 

Todos os dias ela encontrava-se no mesmo lugar, na mesma posição, com o mesmo olhar. Ah! Se a janela de seu quarto falasse! Aquele pequeno metro quadrado, que guardava aquele ser de alguma maneira, talvez soubesse muito mais do que qualquer um poderia imaginar. Debruçada em sua janela seus olhos eram capazes de enxergar um belo horizonte cujo caminho era descrito perfeitamente por ela às pessoas que buscavam alcançá-lo. 

Ela era um ser peculiar, pois conseguia como poucos levar um pouco de esperança aos corações que de alguma forma estavam necessitados. Era um conselho aqui, uma advertência ou puxão de orelha ali e, dessa maneira, ela levava a vida buscando sempre trazer algo de importante que por muitas vezes as pessoas acabavam deixando pra trás. 

Um ser iluminado, porém misterioso. Como alguém era capaz de ser tão importante na vida das pessoas e ao mesmo tempo ser portador de um olhar tão triste! O que aquela janela era capaz de esconder na vida dessa pequenina menina? Eram muitos “Por quês” e raros “porquês” quando se tratava desse ser enigmático. Talvez ela tivesse um nome, mas isso era o que menos importava para todos. O mistério que envolvia aquela menina e aquela janela era o que mais intrigava as pessoas e a única certeza que todos tinham era o fato de ela ser especial. 

O olhar triste por muitas vezes parecia cansado de esperar debruçada naquela janela, por algo que nem ela mesma parecia acreditar. Era como se aquele horizonte fosse algo que somente ela pudesse enxergar, mas ao mesmo tempo alcançável por todos menos por ela mesma. Um ser capaz de guiar perfeitamente a todos por aquela caminhada, mas incapaz de caminhar rumo aquele lugar. 

Ela sabia de tudo, mas ao mesmo tempo parecia não saber de nada, pois não sabia e não entendia o que realmente era importante: o significado de sua própria existência. É como diz aquele velho ditado “façam o que eu falo, mas faço o que eu digo”. Quem sabe um dia essa triste menina consiga mostrar ao mundo o verdadeira “porquê” de sua existência.

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