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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Amar é arriscar...

Hoje deixo aqui um texto que achei fantástico, pois retrata muito bem uma realidade bem comum dos nossos dias. Confesso conhecer pessoas que a agem dessa maneira e, talvez, uma delas seja eu mesma!




Ah! O sonho de um grande amor! Quem nunca se imaginou vivendo um romance de filme, com direito a happy end? Pode apostar que dez entre dez mulheres já perderam - ou ganharam - muitas noites de sono pensando nele. Porém, há aquela que nem viveu esse grande sonho e que, ao reconhecer o amor presente em sua vida, sua primeira reação é correr. Não em direção aos braços do amado, mas no sentido contrário. De preferência antes que o sentimento cresça. Assim, acha que não haverá risco de desilusões mais tarde, sem se dar conta de que morre de medo de amar. Outras já viveram um ou dois relacionamentos amorosos que, infelizmente, terminaram deixando dor. Pronto! É o que basta para que não queiram abrir seu coração para uma nova possibilidade de ser feliz.

Ter medo de sofrer por amor é uma reação normal. Mas daí a se fechar para envolvimentos afetivos vai uma enorme distância. A conseqüência é solidão e mais dor. Quem não libera o coração para se apaixonar não passa por desilusões, é verdade, mas também não curte as maravilhosas surpresas que a vida a dois pode trazer.

Em busca do par perfeito, ironicamente, as mulheres que idealizam demais as relações amorosas, fazendo delas sua principal fonte de realização na vida, são as mais propensas a procurar sua cara-metade e, ao mesmo tempo, fugir de envolvimentos profundos, segundo a psicóloga Isabel Khan: "Pessoas muito carentes têm dificuldade em perceber que não existe 'outro' capaz de preencher todas as necessidades delas". Segundo Isabel, qualquer relacionamento carrega um pouco de desilusão.

Mas faz parte da magia do amor descobrir o parceiro, tentar aceitá-lo como é, negociar diferenças, fazer concessões. Mulheres que desistem de amar por não encontrarem o homem ideal ou porque tiveram relações que não deram certo, na verdade, não estão dispostas a construir um vínculo. Estão só esperando a chegada de alguém para desempenhar um papel que se encaixe direitinho no roteiro romântico idealizado por elas.

Também para os especialistas em auto-ajuda Roberto Shinyashiki e Eliana Bittencourt Dumet, autores do livro Amar Pode Dar Certo (Editora Gente), a busca do par ideal se baseia na idéia de que cada pessoa tem um par, criado sob medida e especialmente para ela. O desafio, dentro dessa lógica, se resumiria a encontrar esse parceiro perfeito. Só que, depois de algumas experiências amorosas que não são a maravilha esperada, algumas pessoas acabam desistindo e sentem-se vítimas de uma fatalidade - como se os deuses tivessem esquecido de "fazer" o seu par.

Elas se fecham para o amor e o resultado é a solidão - inevitável porto de chegada de quem não aceita que toda relação evolui numa lenta lapidação diária. "Esse é o relacionamento verdadeiro, em que duas pessoas se reinventam, admitindo e respeitando suas imperfeições. O par ideal é uma pessoa que esteja disposta a crescer junto com você", definem.

A visão equivocada de como funcionam as relações amorosas geralmente tem origem em dois tipos de experiências. Em um grupo, estão as mulheres que, por terem sido muito mimadas na infância, não foram treinadas para suportar frustrações. No outro, estão aquelas que tiveram perdas emocionais significativas em idade precoce.

(SUZANA LAKATOS)


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