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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Praticando o desapego


As pessoas vivem de “modinhas”. É aquela roupa que a protagonista da novela das oito apareceu e no dia seguinte torna-se peça fundamental no guarda roupa de muitas meninas ou então aquela nova música de axé que foi lançada e que não sai da boca de tantas e tantas pessoas e muitas delas nem sequer curtem tal ritmo. É triste ver como as pessoas são totalmente influenciáveis. Pois bem, diante de tantas modas eu venho observado que a “onda” do momento é a pratica o desapego. E olha quem nem estou falando apenas do desapego em relação a relacionamentos amorosos, embora admita que esse seja o foco principal de tais palavras escritas aqui, mas sim de toda forma que abster-se de algo ou alguém. Como dizem os jovens, a moda agora é a do “pego, mas não me apego”. Engraçado que para essas coisas encontram-se rimas facilmente. Tudo torna-se engraçado até mesmo o fato de ignorar quem está do seu lado. O mais importante agora é viver o momento como se aquele fosse o único. Não pensar no amanhã. Não se apegar e, acima de tudo, jamais se entregar. O desapego nos deixa livre para viver um dia de cada vez e isso, a meu ver, pelo menos é algo positivo para todos nós. Mas como nem tudo são flores, acredito que o desapego acabe tornando as pessoas frias e, acima de qualquer coisa, medrosas. Praticar o desapego é sinônimo de medo de entregar-se, de envolver-se, de sonhar e sentir aquele frio na barriga pelo simples fato de receber uma mensagem de bom dia. Quem pratica o desapego não se importa com tais fatos singelos, porém de grande significância. Modinha ou não, a grande verdade é que acabamos meio que aderindo tal ato por osmose. Sim, quem disse que eu não tento aderir a essa imensa campanha nacional? Agora, tentar e falar é fácil, mas praticar é extremamente difícil.



5 comentários:

Tio Tatu disse...

India, eu acredito que uma das formas mais simples de chegar perto do que seja "desapegar", seja fazendo uma pesagem de tudo aquilo que mais relevância tenha na vida.

Antigamente eu era muito solicito.
Bastava me abrir um sorriso e lá estava eu, pronto para o que fosse necessário.
Mas algumas mancadas alheias me fizerem perceber que não tenho como cuidar do próximo se eu não tiver disposição para sair da cama.

Ana disse...

Pratico o desapego há cerca de 3 anos e é ótimo, claro que sofro recaídas, mas elas não duram mais que algumas horinhas. Demos vivas a "um dia por vez"!

André disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
André disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
André disse...

Acredito que todo esse apelo pelo "desapego" pregado aos 7 ventos hoje, vêm em decorrência dessa grande roda chamada mundo ter ficado pesada demais. Antigamente até a metade do século 20, a mentalidade predominante era a do Trabalho e da Família. Ou seja você obrigatoriamente deveria se dedicar ao máximo ao seu trabalho e construir uma família, de onde nasceriam os filhos que viriam ajudar a movimentar essa roda chamada mundo. Chegamos ao início do século 21 com mais gente do que o necessário para virar essa roda. Aí que entra a mentalidade do "desapego", onde nada mais é importante, o que importa é viver como se não houvesse o amanhã, onde todos caem nos braços de todos querendo sentir alguma coisa, onde você pode se didcar ao máximo no seu trabalho, mas aquela reestruturaçãozinha vai tirar seu trabalho, seu sustento. Pessoas com 30 e poucos anos ainda morando na casa dos pais, pois não se sentem seguras para construir a sua vida nesse mundo de "desapego" que está longe de estar somente no plano sentimental, mas está impregnado no plano geral da vida cotidiana.