Levemente confusa...

Hoje em dia parece que se tornou moda dizer “Eu te amo” e isso está fazendo com que um ato tão bonito e importante entre duas pessoas perca totalmente seu real significado. Concordo que existem várias vertentes para essa expressão afinal de contas o amor é, em minha opinião, o maior de todos os sentimentos desse mundo, mas aqui quero conter-me a falar desse amor que nasce entre um homem e uma mulher a ponto de fazer com que ambos tornem-se uma só pessoa.

Sinto como se as pessoas atualmente tivessem medo de amor e por conta disso preferem viver falsos amores, falsos até para elas mesmas, pois enganar-se tem se tornado prático. Pergunto-me então nessa hora o porquê de eu estar aqui escrevendo essas coisas? Pois bem, eu digo que sempre fui uma pessoa que nunca teve medo de amar e demonstrar que ama, pois sempre vi o amor como algo sublime e maravilhoso, que Deus nos deu, mas me vejo agora como um ser humano como outro qualquer, que tem medo de amar e demonstrar seus sentimentos. Ma de onde então de onde surgiu esse medo de dizer “Eu te amo” para você, me entregar de corpo e alma como sempre tive vontade de fazer?

Digamos que tenho duas explicações para isso e a primeira delas é o fato de que gato escaldado tem medo de água fria. Nossa! Que coisa mais ridícula uma das minhas opções para tal fato da minha vida ser marcas de um passado não muito distante, mas muito marcante. Por que eu deveria me arriscar novamente, me entregar novamente, amar novamente se no final das contas eu posso vir a sofrer novamente? Me expor e dizer o quanto você está sendo especial para mim e correr o risco de adentrar cada vez mais em uma história que eu, de certa forma, já conheço bem o final? Ok! Concordo que vocês podem estar me achando um tanto quanto incrédula nesse momento e eu assino embaixo e digo que simplesmente tenho medo de me apaixonar outra vez.

Vamos então à segunda opção para essa situação: se eu nunca tive medo de me expor e gritar para o mundo inteiro ouvir que eu amo, uma explicação plausível seria a de que eu não esteja realmente amando e, por conta disso, esteja me mantendo na retaguarda, observando a situação e esperando até ter a certeza que preciso para agir realmente a minha maneira, ou seja, demonstrando meus sentimentos. Como disse no inicio das minhas palavras, as pessoas hoje banalizam esse sentimento e amam sem estar realmente amando, mas não é porque uma multidão age dessa maneira que eu tenho que agir também, afinal de contas ou amo ou não amo e ponto final.

Diante de toda essa confusão mental eu digo que não sei o que está acontecendo comigo, se eu estou com medo de amar ou se eu não estou ainda amando. O que racionalmente eu acho disso tudo? Bem, eu realmente não estou amando, mas um passo importante como o que penso em dar pode vir a fazer com que esse amor surja com toda força do mundo e ai vem o medo de me entregar novamente e, mais uma vez, sofrer. No fundo é uma união das duas situações que hoje pairam sobre minha vida. O que vou fazer? Humm ainda não sei embora eu sinta que a hora está realmente se aproximando.