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terça-feira, 5 de abril de 2011

Solidão: mal do século


Como já dizia um conhecido hit da nossa música popular brasileira: ser solteiro é muito bom, ma ser solteiro no Rio de Janeiro é melhor ainda. A cidade consegue envolver as pessoas e transformar o sue mundo pacato e sereno em um reino vindo diretamente dos contos de fadas. E tal lugar consegue fazer com que você transborde adrenalina por todos os poros do seu corpo. É realmente contagiante e envolvente, mas será que é possível ser feliz vivendo dessa maneira? 

Noitada com belas mulheres é, com certeza, um belo atrativo para um homem em plena fase de ebulição. Ao mesmo tempo, ser admirada e desejada por homens aparentemente interessantes é um remédio melhor que qualquer analista para uma mulher que precisa levantar seu próprio ego. É unir a fome com a vontade de comer. Pois é, com isso o que hoje parece é que tomar gosto pela vida de solteiro virou uma espécie de modinha na nossa sociedade carioca. 

Claro que é muito bom ser solteiro, poder sair sem ter que dar satisfação para quem quer que seja. É viver a todo o momento com aquela sensação de que tudo se pode e não existem regras a serem cumpridas. É definitivamente o mundo dos “desregrados”, porém solitários. Ou será que você realmente acredita no velho clichê que diz que “solteiro sim, sozinho nunca”? Desculpe estragar seus belos sonhos, mas a verdade é que você está mais solitário que a pedra daquele anel que você ganhou quando estava namorando. 

O grande problema das pessoas é que estão transformando uma fase de suas vidas em uma constante. É normal o ser humano querer curtir os prazeres que essa vida desregrada proporciona, mas toda fase deve ter seu fim e querer transformá-la em infinita é um erro que tem levado muitas pessoas a uma vida extremamente vazia e solitária. Porque naquele momento, seja ele bom ou ruim, em que você precisará partilhar algo realmente importante com alguém, essa pessoa estará ocupada demais se divertindo e não poderá estar com você. 

Por isso, fica aqui o alerta à todos aqueles que de alguma forma acabam deixando ir embora pessoas importantes e que poderiam vir a se tornar especiais em suas vidas: a solidão é, com absoluta certeza, o grande mal do século. E como já diz o velho ditado é bem melhor prevenir do que remediar até porque tal doença, quando nos ataca, deixa marcas dolorosas e difíceis de serem extintas de nessas vidas.


Texto publicado no mês de março de 2011 no JORNAL ZONA SUL 

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