Parece que virou moda dizer “Eu te amo”. É a frase que mais tenho escutado sair da boca das pessoas ultimamente. Se alguém simplesmente fez um misero favor pra você isso já é um motivo mais do que suficiente para que a pessoa torne-se um dos amores da sua vida. Não que eu esteja aqui criticando o fato do povo, de certa maneira, estar mais carinhoso. Não! De maneira alguma estou fazendo isso. Apenas acho que estão banalizando um sentimento grandioso demais e isso faz com que dizer “Eu te amo” seja como desejar bom dia, boa tarde ou boa noite a um ser que simplesmente queremos bem. Pronto! Acho que encontrei a palavra certa: querer bem! Eu gostaria que todos ao meu redor fossem felizes, mas nem por isso vou dizer que amo todos eles. Agora pare e pense: Se é tão fácil declarar amor a quem queremos bem, porque é tão difícil inserir nessa saudosa frase o adjetivo “não”? O ser humano cria um mundo particular de mentiras, muitas vezes extremamente mirabolantes, ao invés de simplesmente dizer: “Eu NÃO te amo”. Se afirmar que ama é tão fácil por que seria tão difícil negar? Abaixo a teoria de que as pessoas preferem uma doce mentira a uma amarga verdade. Provavelmente o inventor de tamanha idiotice deve ser um ser humano fraco de espírito que prefere criar um mundo perfeito, digno de conto de fadas, ao invés de encarar que no mundo real nem sempre o bom moço terá o final feliz que tanto sonhou. E não pensem que estou dizendo que temos que nos contentar com finais tristes. Não! Simplesmente digo que talvez aquele final feliz que tanto sonhamos seja justamente encarar a realidade dos fatos como eles realmente são e, com isso, encontrar forças para recomeçar.
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