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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Quase lá...


Hoje me peguei refletindo o porque de eu estar sem postar aqui há alguns dias, já que isso é algo que me faz tão bem e cheguei a uma conclusão simples e obvia: nem sempre queremos transparecer para as demais pessoas o que realmente anda rondando nossas vidas. Por medo? Não! No meu caso, por preservação.

É fato que por mais que você tenha vivido experiências interessantíssimas em sua vida sempre haverá algo novo que você terá que encarar e que, de alguma forma, vai te pegar totalmente de surpresa. O ser humano, de uma maneira geral, tem a mania de tratar sua própria vida como se a mesma fosse um projeto a ser seguido. É como um programa computacional que traça exatamente o caminho a ser percorrido para cada fato que possa vir a acontecer. Pois bem, mas e se você, sem perceber, acabar seguindo o caminho totalmente contrário ao planejado?

Confesso que para certas coisas sou um pouco metódica e tento seguir a risca os meus planos, mas surpresas podem vir a acontecer e, quando eu menos esperava, uma surpresa surgiu em minha vida. Nesse momento admito que desliguei meu processador para que ele não me guiasse de acordo com o planejado e resolvi agir por minha conta e risco. Risco? Mas que risco eu poderia correr se eu estava apenas fazendo aquilo que, naquele momento, eu tive vontade de fazer.

Posso dizer que a palavra que imperou naquele instante foi o medo. Era como se eu estivesse desprotegida, ao desligar o processador da minha máquina e me deixar agir de acordo com meus instintos, instintos esses que me levaram até um lugar totalmente desconhecido e novo para mim, por mais comum que possa ser para o resto do mundo. Era tudo diferente, um novo tardio, tenho que admitir isso, mas o novo dá medo, ainda mais quando você olha para os lados e não enxerga mais o projeto de vida que te guiou durante toda a sua longa caminhada. Aliás, se eu estivesse mesmo seguindo meus planos, nem ali eu estaria naquele momento.

Desligar-me, nem que fosse por uns instantes, de tudo que sempre dominou a minha vida foi algo simplesmente fantástico. Digamos que a menina, guiada por tudo e por todos, estava se transformando em uma mulher que tentava, naquele exato momento, dirigir a sua própria vida. Eu estava na direção porque eu queria estar, porque eu senti vontade e não porque fui levada para lá. Não! Isso jamais!!Eu não fui levada para lá, eu fui com meus próprios pés, pés trêmulos, tenho que admitir isso, mas pés que tiverem força o suficiente para chegar até lá e para entrar naquela partida ao qual eu estava sendo escalada.

Sei que você, que hoje lê essas palavras, deve estar pensando no quanto eu, da noite pro dia, evolui e resolvi jogar as regras para trás e jogar como eu sempre quis jogar, mas lamento te decepcionar, pois a minha coragem estava com prazo de validade e digo que venceu aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo. Pois é, acho que o medo falou mais alto e meu processador acabou sendo ligado automaticamente e colocou, diante de mim, o projeto de vida que eu havia feito e me pré disposto a seguir e ai, querendo ou não, com o programa de vida bem ali diante de mim eu não tinha mais como fugir do caminho planejado, por mais que por alguns instantes eu tenha me desviado dele.

Não pensem que lidei com isso de uma maneira tranqüila, pois eu jamais pensei que algo desse tipo, algo que para a grande maioria das pessoas é simplesmente um detalhe, para mim não foi e mexeu demais com minha cabeça e com meus sentimentos. Costumo dizer que foi uma briga interna entre minha razão e minha emoção e que, ao final, por mais que a emoção tenha jogado bem durante toda a partida, me fazendo chegar até onde eu cheguei, a razão foi lá, bem no finalzinho do jogo e fez um gol certeiro, um único gol que foi capaz de dizer, que pelo menos por enquanto, aquela partida estava encerrada, mas que, mais cedo ou mais tarde, ela voltará a acontecer e, dessa vez, acredito que emoção venha com tudo para ganhar esse jogo.

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