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domingo, 13 de maio de 2012

Cara a cara com a solidão

A solidão é algo que, particularmente, me intriga. Às vezes tenho a certeza de que sei exatamente o que ela significa. Outras vezes, me vejo como uma grande desconhecedora do assunto. Pois é, me pergunto então o que seria essa tal solidão, que tantas e tantas pessoas reclamam desde que eu me conheço por gente. 

Em busca dessa resposta, eu confesso que fui até o nosso amigo Aurélio. E ele, com toda sua inteligência, me disse que a solidão era um “isolamento”. Concordo, porém ainda não era o suficiente para me fazer entender o que isso realmente significava. Fui a textos, de autores conhecidos e desconhecidos, fui a palavras que eu mesma já escrevi a esse respeito e era como se nada e nem ninguém fosse capaz de me expressar o real significado de tal palavra. 

Tentei decifrar inúmeros ditados populares em busca desse sentido que eu tanto precisava encontrar: “Antes só do que mal acompanhado”, “Sozinho no meio da multidão”. E nenhuma maneira... Repito... Nenhuma foi capaz de me dizer o que realmente é a solidão. E como qualquer ser humano normal, eu acabei cansando de buscar a compreensão disso e decidi seguir minha vida em frente, afinal de contas se tudo nessa vida fizesse realmente sentido, acho que a nossa própria existência perderia um pouco do seu porquê. O mistério faz parte da vida. 

Porém, um belo dia estava eu sozinha em casa e com vontade de assistir a um filme. Quem me conhece sabe que sou uma adoradora nata de cinema. Acho que eu e ele temos um caso secreto, que agora não é mais secreto. Parti então em busca de um momento de tranquilidade e que sempre me fez muito bem. Comprei a minha entrada, o meu nachos (mais um vício na minha vida), pois comer pipoca já se tornou algo sem graça nesses eventos, e sentei bem no meio daquela imensa sala de cinema. Eu queria ter a melhor visão daquele filme que tantas e tantas pessoas estavam falando que era o melhor de todos os tempos. 

Mas, naquele momento eu senti algo diferente. Eu, pela primeira vez, olhei para mim mesma e, independente de estar rodeada de várias pessoas que acham a coisa mais estranha do mundo uma pessoa ir sozinha ao cinema, eu senti um aperto no peito que, até então, eu nunca havia sentido. Era a coisa mais natural do mundo, para mim, ir ao cinema ou a qualquer evento que seja sozinha. E eu me questionei: “Por que estou me sentindo assim, estranha, somente por estar aqui, comendo nachos e assistindo a um filme sozinha, se isso sempre foi algo natural para mim?”. 

E foi nessa hora, exatamente nesse momento, que eu pude finalmente ter a resposta que eu tanto procurava e não conseguia encontrar: eu estava me sentindo estranha, pois, pela primeira vez, eu havia perdido a companhia mais importante desse mundo, depois de Deus, para minha vida: eu mesma! E ai, eu pude entender e complementar a palavra que Aurélio havia me dito bem no inicio da minha busca... Solidão é "isolamento”.... De você mesma!.


2 comentários:

estrella disse...

Você estava na cia dos nachos!!! Hmmm tmb querooo!

Adorei o texto patrícia! O final é um fato!

Nunca estamos sozinhos só quando nos afastamos de nós mesmos!

Patricia disse...

=)