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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Uma passagem para marte, por favor!

- Paulinha minha querida, você deveria frequentar melhores ambientes! É engraçado como certas falas ficam na cabeça das pessoas e essa, com absoluta certeza, ficou martelando na cabeça de Paulinha. Pois bem, mas o que seriam melhores ambientes, começou a questionar a menina a partir daquele momento. Depois de muito pensar ela resolveu que naquela noite ela iria para uma balada. Claro que o bom senso impera nesse momento então deveria ser um lugar com um nível, no mínimo, considerável. Uma boate bem conceituada na cidade do Rio de Janeiro era o lugar ideal para tal inicio. Sim, a escolha realmente foi boa, pois o lugar não era qualquer um. 

Um espaço a primeira vista interessante e intrigante que misturava um ambiente calmo para que um bom papo pudesse ser estabelecido como um dançante e descontraído para quem gosta de extravasar as energias. Mas de nada adiantava se Paulinha ficasse apenas sentada conversando a noite toda com os amigos que a acompanharam nesse dia. Com o passar da noite era chegada a hora de ir finalmente para a pista de dança. Para tudo! Será que as pessoas que freqüentavam aquele lugar não sabiam vestir-se? Se Paulinha entrasse em casa com uma roupa daquelas, começa a “bunda” acaba a saia, sua mãe simplesmente a deserdaria. Problemas a vista: Definitivamente Paulinha não iria jamais vestir-se daquela maneira, mas vamos pular essa parte e continuamos com a saga. Para tudo novamente! Era inadmissível que um cara chegasse a Paulinha para falar que era um jogar de futebol e que ela era a gata mais linda daquele lugar, com os cabelos mais belos e o corpo mais perfeito que ele já havia visto. E daí que ele era jogador de futebol, pensou a menina naquele momento. Aquele pequeno homem deveria ser louco ou tinha uma imaginação extremamente fértil, pois o vestido larguinho florido de Paulinha em nada mostrava o belo corpo que a menina tinha, muito pelo contrário, conseguia esconder e muito bem tal preciosidade. Diante de tudo isso, Paulinha, naquele exato momento, só conseguia imaginar quanto tempo aquele cabeça de bagre demorou para decorar tal discurso que ele deveria usar com todas aquelas patricinhas fúteis que acreditavam nele, porque até para decorar é necessário o mínimo de inteligência. Pois bem, o negócio era adotar uma estratégia bem inteligente: fugir daquele lugar, pois aquela realmente não foi uma boa escolha. 

No dia seguinte tudo parecia extremamente vazio e era como se Paulinha tivesse voltado a estaca zero, mas ficar em casa em pleno domingo não seria uma boa idéia. Hora então de colocar uma roupa legal, isso significa uma calça jeans e uma camiseta, e ir passear no shopping. - Mas Paulinha, shopping dia de domingo é um programa para ser feito a dois e não para uma moça solteira. Pois é ai que as pessoas estão enganadas! Paulinha não foi simplesmente ao shopping, mas sim ao teatro. Nada como um ambiente calmo e tranqüilo, aliado a uma boa comédia para que as coisas pudessem realmente tomar o rumo desejado por tal menina. A decisão foi tão em cima da hora que por pouco a menina não encontrava mais ingresso, mas restava aquele lugar lá no cantinho que parecia estar destinado à ela. Paulinha senta, olha para frente, para trás e para os lados e ela estava cercada de casais que provavelmente deveriam ter a idade de seus pais e de seus avós. Dos males o menor, a peça, pelo menos, era muito boa e a menina pode dar muitas risadas com o ótimo musical que ela assistiu naquela noite de domingo sozinha. E para finalizar o dia era hora de fazer um lanche, afinal de contas saco vazio não para de pé, como já dizia sua mãe. E lá estava Paulinha lanchando no final da noite em meio a crianças berrando e seus pais falando a respeito do jogo do fluminense, que nem seu time é, que havia acabado naquele exato momento. Pois é, pais costumam levar seus filhos aos estádios dias de domingo para aquele ótimo programa em família e você, caro leitor inteligente, deve estar pensando o que Paulinha estaria fazendo ali naquele meio naquele exato momento. Pois é, talvez nem ela mesma tenha encontrado ainda a resposta para tal pergunta. 

E com isso o final de semana de Paulinha, em busca de algo que nem ela mesma sabia o que era, chega ao fim de uma maneira frustrante, pois a única conclusão que ela conseguiu chegar foi que a sua vida é um grande vazio e que ela é um ser extremamente “não adaptável”, pois para qualquer lugar que ela vá é como se nada e muito menos alguém fizesse realmente parte de seu mundo. Mundo!! Mas de que mundo Paulinha é? Bem, talvez ela seja de Marte! Será que a Paulinha consegue uma promoção de passagem área para passar as próximas férias em tal planeta tão distante da realidade com a qual hoje ela é obrigada a conviver? Afinal de contas, o bom filho a casa torna e a única coisa que Paulinha quer nesse momento é voltar (ou será conhecer?) sua verdadeira casa.


Um comentário:

Tio Tatu disse...

Paulinha ainda não entendeu que o segredo é não criar expectativas.

Se o mundo não consegue se adaptar ao estilo da Paulinha, então a Paulinha tenta se adaptar ao estilo do mundo.
E se por acaso não for possivel rolar uma conciliação, então paulinha pega uma câmera, grava um video e lança no youtube. =D

Velho é o mundo. Pessoas ficam experientes. ^^